Apesar de todos os problemas e previsões pessimistas, a Netflix conseguiu aumentar a receita, recuperar clientes perdidos nos EUA e expandir seu alcance internacional.
A empresa informou ter obtido receita de US $876 milhões, representando um ganho de 47% sobre o período do ano anterior, embora o lucro líquido tenha caído 15% para US $40.7 milhões, ou US$ 0.73 por ação (ainda assim, acima dos US$ 0.54 previstos por Wall Street). As boas notícias fizeram as ações da Netflix subir 13%, chegando a serem negociadas a US$ $107.25 (valor ainda longe dos US$ 305, antes da queda ocorrida em julho).
Enquanto analistas previam que a Netflix terminasse o ano com 26.1 milhões de assinantes, novamente superaram as expectativas, com 26.6 milhões de assinantes em todo o mundo. Nos EUA, conquistaram 220 mil novos assinantes de streaming (21.6 milhões no total), enquanto perderam mais de 2.7 milhões de usuários de DVDs. No resto do mundo o cenário foi muito melhor, com 1.86 milhões de novos usuários, compensando a perda de usuários em sua terra natal.
Embora a Netflix tenha voltado a conquistar novos clientes (após a sangria causada pelo aumento de preços e do desastre da Qwikster), ela espera perder mais 1.5 milhões de usuários de DVDs durante o próximo quadrimestre. A perda desses assinantes é séria pois DVDs fornecem uma margem de contribuição maior do que o streaming, cujas licenças são caras e tendem a aumentar.
Para o próximo quadrimestre, a expectativa é de adicionarem mais 1.7 milhões de assinantes ao serviço de streaming nos EUA, mas a previsão é dos usuários de DVDs caírem de 11.2 milhões em dezembro para 9.7 milhões em março. Com isto, a empresa terá, pela primeira vez em 10 anos, uma ano com perdas, prevendo que as ações caiam de US$ 0.16 a US$ 0.49 por ação.
Fontes: cNet, The Washington Post, Netflix Investor Relations
Temas: notícias.
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