Carta aos investidores

No último trimestre, a base mundial de assinantes da Netflix aumentou em quase 2 milhões, totalizando 29 milhões de usuários de vídeo sob demanda, e mais de 3 bilhões de horas de vídeos assistidos.

Eis um resumo dos dados mais interessantes divulgados hoje pela Netflix:

  • Novos usuários: 1.16 milhão nos EUA, 690 mil no resto do mundo.
  • Total de usuários: 25.10 milhões nos EUA (23.80 milhões pagantes), 4.31 milhões no resto do mundo (3.69 milhões pagantes).
  • Perda de 630 mil usuários de DVDs nos EUA, totalizando 8.61 milhões de usuários (8.47 milhões pagantes).
  • O número de horas vistas por cliente aumentou em 30% (com relação ao ano anterior)
  • O número de cancelamentos "voluntários" foi o menor até hoje, embora o número de cancelamentos "involuntários" tenha aumentado (segundo a Netflix, pelo aumento de sua popularidade e maior atração de consumidores de classes mais baixas)
  • Quase dois terços do conteúdo visto nos EUA é composto de séries, e quase um terço são filmes.
  • Na primeira semana nos países nórdicos, foram conquistados mais clientes do que na primeira semana no Canadá.

América Latina


O número de cancelamentos voluntários é, na maior parte, baixo. O crescimento na região é rápido, e continuam adicionando conteúdo, especialmente no Brasil.

A maior barreira ao crescimento é o pagamento por cartão de crédito, já que muitos usuários temem (ou não podem) fornecer seus dados de cartão de crédito ou débito pela Internet, e a quantidade de pagamentos recusados é maior do que em outras regiões. A empresa afirma acreditar que, à medida em que o comércio eletrônico aumentar na América Latina, estes problemas diminuirão.

Levará mais do que o esperado para a Netflix obter lucros na região, mas acreditam que seja um mercado lucrativo a longo prazo.

Conteúdo exclusivo


Além da segunda temporada de Lilyhammer, existem quatro séries originais em fase de produção, com estréia exclusiva na Netflix em 2013.

Em primeiro de fevereiro, a série "House of Cards", de 13 episódios, ficará disponível em todos os países onde a Netflix atua. O drama político, criado por David Fincher, conta com Kevin Spacey e Robin Wright.

Alguns meses depois, a Netflix irá trazer a quarta temporada de "Arrested Development" ("Caindo na Real"), série que havia sido cancelada pela Fox a seis anos.

Em seguida chegará o thriller de horror "Hemlock Grove", de Eli Roth, com Famke Janssen, Dougray Scott e Lili Taylor. Logo depois estreará "Orange is the New Black", comédia dramática de Jenji Kohan, criador de "Weeds", com Taylor Schilling e Jason Biggs. E, finalmente, será lançada a segunda temporada de Lilyhammer.

Melhorias na experiência dos usuários


Além de atualizar a interface em celulares, a empresa recentemente permitiu controlar a Netflix no PS3 através de celulares Android e iPhone ("segunda tela"). A experiência deve ser melhorada com o tempo e ser estendida a mais aparelhos.

Como reconhecimento nas áreas de desenvolvimento de produtos e avanços técnicos da televisão, a Netflix recebeu neste mês seu primeiro Emmy, da Academia de Artes & Ciências Televisivas, por "excelência em engenharia de desenvolvimento" ("Outstanding Achievement in Engineering Development").



Fonte: Carta aos investidores (PDF).

6 comentários:

  1. Já ficou bem claro que a netflix vai ficar sentada esperando a "popularização" dos cartões de crédito na AL especialmente no Brasil.
    Esqueçam pagamentos via boleto e pior... nem ao menos por débito automático em conta corrente.
    E eu acho que a diferença entre os 4.31 milhões de assinantes contra os 3.69 pagantes é só de brasileiros.
    Sobre a frase:
    "O crescimento na região é rápido, e continuam adicionando conteúdo, especialmente no Brasil."

    Eles esqueceram de mencionar conteúdo LIXO que é o que se está adicionando especialmente no Brasil.

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  2. Se eles realmente ficarem esperando a popularização dos pagamentos com cartão de crédito aqui, eles estão ferrados. Conheço bastante gente que não assinou o serviço por não ter cartão de crédito, alguns por opção.

    Eles precisam criar uma forma de fazer por boleto bancário ou o mercado aqui na América Latina vai ser um problema para eles. Nos países nórdicos provavelmente eles terão lucros muito mais rápido que o esperado, enquanto aqui já está começando a tomar mais tempo do que o previsto...

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  3. Ótimo resumo da situação!
    Outras formas de pagamento estão sendo estudadas pelo Netflix

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  4. O problema do boleto bancário e outros meios de pagamento são as taxas. A Netflix não quer repassar para o cliente esse valor. Como a lei diz que nenhum serviço pode repassar para o cliente o valor do boleto, acredito que eles teriam que mascarar isso aumentando o valor da assinatura. Não querem fazer com medo de perder clientes.

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  5. Cartão também gera custos para quem oferece como meio de pagamento. Talvez inclusive mais que boleto.

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    1. Acredito que neste eles possuem algum tipo de acordo com as operadoras de cartão. Como são americanas essa taxa não deve ser tão alta pra Netflix. Já vi notícia sobre o problema da taxa dos boletos. Aqui as operadoras são os BANCOS e o nosso "amado" governo brasileiro.

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