Segundo a Time Warner, o acordo foi feito em junho e a implementação começou neste mês.
Como já publicado aqui no blog, aparentemente a Netflix fará acordos semelhantes com provedores brasileiros.
Obviamente, a Netflix continua a fazer este tipo de acordo a contragosto, procurando ajuda tanto da FCC (Comissão Federal de Comunicações) quanto da opinião pública, afirmando que tais acordos violam os princípios de neutralidade de rede.
Para evitar ou reduzir problemas como congestionamento, a Netflix havia criado seu próprio sistema de entrega de conteúdo, chamado de Open Connect, oferecido gratuitamente a diversos provedores. Embora vários sistemas estejam funcionando ao redor do mundo, os principais provedores dos EUA dizem que não querem ter que usar diferentes servidores para cada fornecedor de conteúdo, apesar de já usarem servidores para empresas como Google, Facebook, Amazon e Microsoft em muitos casos.
Ontem, Reed Hastings, diretor da Netflix, teve seu artigo How to Save the Net: Don’t Give In to Big ISPs (Como Salvar a Internet: Não Ceda aos Grandes Provedores) publicado na Wired. Eis um trecho:
É importante destacar que a Netflix conecta-se diretamente com centenas de provedores em todo o mundo, e em 99% desses acordos ela não paga pelo acesso. Apenas um punhado dos maiores provedores norte-americanos, que controlam a maioria das conexões dos consumidores, exigem tal pedágio. Por que as maiores e mais lucrativas empresas cobrariam por interconexões e capacidades que empresas menores oferecem de graça? Porque eles podem.Infelizmente, nessa disputa entre a Netflix e os grandes provedores, quem sai perdendo é o consumidor: ele é quem paga a conta no final da história, quer seja diretamente ao provedor, ou indiretamente, pela Netflix (que recentemente aumentou o valor de sua mensalidade para novos assinantes, provavelmente em parte para cobrir estes novos gastos com interconexões).
Fontes: GigaOM, Wired.
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