União Européia pode ter mercado digital unificado


Gostaria de poder assistir aos vídeos da Netflix disponíveis em todos os países da Europa? O secretário de negócios do Reino Unido, Vince Cable, também quer. E isto pode revolucionar a forma como você assiste à Netflix. Continue a leitura para mais informações.

O catálogo da Netflix é diferente em cada país devido a restrições impostas por estúdios e outras empresas a fim de maximizarem seus lucros. Normalmente você só tem acesso ao catálogo do país onde estiver, não importando onde tenha feito sua assinatura. Portanto, se hoje você se mudar do Brasil para os Estados Unidos, você deixa de ter acesso ao catálogo brasileiro (com áudio e legendas em português) e passa a ter acesso ao dos EUA (quase todo só em inglês), mesmo que continue pagando a Netflix no Brasil em reais.

Apesar da União Européia ser um mercado comum, isto não se reflete atualmente em serviços digitais de streaming. Segundo Cable, empresas e consumidores na Europa são prejudicados por essa "colcha de retalhos" da economia digital, composta de 28 mercados diferentes, cada um com seus próprios regulamentos.

Na palestra Robert Schuman do Conselho de Lisboa, Cable disse:
"No mundo atual de smartphones e wi-fi, consumidores que pagaram por um serviço esperam poder usá-lo dentro da União Européia. Mas, no momento, temos uma colcha de retalhos de conteúdos e serviços digitais - muito bons em alguns locais, mas péssimos em outros.

É por isso que peço a criação de um mercado digital unificado. Isto não só impulsionaria as economias do Reino Unido e da Área do Euro em €340 bilhões, mas tornará mais justos os preços on-line, permitindo startups serem formadas em 24 horas, e ajudará as empresas a vender em toda a União Européia".
O conteúdo de serviços de streaming como a Netflix varia muito dentro da União Européia, e assinantes do Reino Unido não têm acesso ao conteúdo pelo qual pagaram quando estão no exterior. Um mercado online unificado resolveria esse e diversos outros problemas, potencialmente impulsionando a economia da região.

O Presidente da Comissão Europeia, Jean-Claude Juncker, já colocou o mercado digital unificado para consumidores e empresas entre as 5 maiores prioridades da Comissão.

Obviamente as soluções técnicas para o problema são triviais. O grande desafio será vencer a resistência dos estúdios e distribuidores, que são os que podem perder mais com as mudanças. Mas se isto acontecer, estaremos mais próximos de um mercado mundial, sem barreiras de conteúdo entre todos os países do mundo.

Fonte: Department for Business, Innovation & Skills and The Rt Hon Dr Vince Cable MP.

3 comentários:

  1. Eu não vejo somente os produtores como que podem perder, mas os próprios Estados visto que a carga tributária não deve ser idêntica entre eles. Se a carga tributária for idêntica para o serviço do Netflix não vejo maiores restrições por parte dos Estados.

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  2. Poderia unificar nosso acervo com o dos Estados Unidos, eu não acharia ruim.

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